No fim do caminho havia uma escada
E as arvores que tagarelavam entre si
Maledicências contra o vento
Que as pintava em nu
Outono pleno
Havia uma escada no fim e um caminho
Por onde os meninos magrelos iam perdidos
E sorriam bonitamente comendo flores que caíam
Voando em suas bicicletas e suas idéias de pombo
Pingo a pingo a chuva era pinga e bobagem
Vontades e fins de tardes com açúcar
E o diabo sorria pras moças no escuro
Os olhos pululantes de bundas
Os chifres ranzinzas da velhice
O rabo acuado e o assovio tarado
As moças
Ah! as moças
Não gostavam disto, olhavam ruinmente
Mas iam na sua morenice noite
As paixões e a calma entre as pernas
Compartilhar as tontices dos meninos
Na escada que havia no fim do caminho
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