sábado, 28 de dezembro de 2013

Reflexão na alvorada

Persistir nessa luta na conduta Deus ajuda...
Fortalece a quem merece que ligeiro faz o corre
O pássaro humildão que fica longe do ibope
O grau do conhecimento analisando a vida mostra
Quem procura coisa errada acaba achando o que não gosta
Pode crer que o proceder de que nada está perdido
A fúria impecável de quem não quer ser seu amigo
Motivo sem causa! Eu posso explicar
É o Capitalismo que se impõe nesse lugar
Quantas mortes, tretas, traíragens no olhar,
Gera guerra, homicídio, suicídio e chacinas!
Há fatos na vida que entram em contradição
Mas separe o bem e o mal que no certo caminharão
Lutar por quem admira na arte mais complexa
Os índios, Zumbi, Che Guevara e IETC...
No giro do mundo ou nas ruas do CECAP,
De Santi, Industriários, no Iguatemi mostram as verdades!
O Crime exibe o fogo a incompetência faz o medo
Tiros, disparados de tortura e sofrimento.
Policiais com seus brinquedos que não furam como espinho
O olhar de fúria das crianças o sentimento dos meninos
Já mais esquecerão o que aquilo representa
O ódio do sofredor que o estado sempre ostenta
O Tic, Tac do relógio faz do tempo um desperdiço...
O mesmo gera lucro e alimenta os inimigos.
Caminhos que o dia pode dizer
Tenha coragem, força, espírito de vontade;

Seja sempre você ligeiro com humildade.

12/11/2007

Alerta rima

Lado a lado cus parceiro demorô tamo aqui!
Dos Quilombos da Sul, Complexo D.C.I.
Um disparo letal que pode afetar
Us que tão iludido, ah vamos começar!
Hei guerreiro qual que é a sua?
Você vive por amor ou sobrevive da cultura;
Se unir, organizar e respeitar pra entender,
Se não! Você vai se corromper.
Vou que vou seguir! Se não quiser ouvir, não vou perder meu tempo,
A voz que sai ecoa, descubra palavras ao vento.
É xeque-mate no inimigo
Imobilizado e não se move
Ataque de jogo tipo Anatoli Karpov.
Lutar pelo povo não é só ter cara feia com fuzil na mão,
E sim persistir na criança, estudar e obter informação.
O $istema me tranco, mas eu consegui escapa.
Bolei um plano miliano pronto pra ataca.
Recolhi informações mais claras e diretas,
Prosperas dignas completando a tarefa.
Mesmo com a barreira difícil pra ir ao pódio,
Lutar e triunfar ao ato heróico!
A todo o momento Tio Sam interfere
Na freqüência radiante ou nas ondas da Internet,
Eu sei como ele me vigia, no eixo x, y anoto
Um click no mouse via sensoriamento remoto
Enquanto a NASA financia as viagens espaciais
O mundo vê a fome mutilando e não sabe o que faz
Ainda querem interferir na guerra de Israel
Junta logo faz o pacote explode e vai pro céu
Antes que passe por aqui um tsunami ou meteoro
Acabe com esse mundo infiltrado pelos poros
Mundo louco não! Realidade,
Carro bomba mata crianças no Iraque
Não é sonho, nem pesadelo!
Brasileiros com AIDS temem a fome ao desespero
E você? Reaja atropela os desafios
Na busca incansável no fim do infinito
Vê se acorda engatilha seu livro
Capitalismo opressor a favor do inimigo
Com tanta indiferença o ainda mundo ostenta
Seja o que for eu vou lutar contra os problemas
Quem sintonizou pode conferir

Firmeza total Complexo D.C.I.

29/06/2006

sábado, 7 de dezembro de 2013

Paz guerreiro Madiba!

"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar" por Nelson Mandela (Madiba)




1918 - 2013

terça-feira, 22 de outubro de 2013

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Dicas e dicas...

            Depois de um bom tempo volto a escrever algo aqui no blog, estava um pouco conturbado tendo que absorver quase que “obrigatoriamente” algumas leituras e compromissos no universo acadêmico e que barravam por vezes deixar que a minha liberdade pudesse seguir livremente.
            Quero compartilhar alguns trabalhos que pude apreciar com mais atenção e que me fizeram resgatar a vontade de seguir em frente e me manifestar pela arte com total desejo de propagar a expressão pela arte.
            Começo com o segundo livro do meu mano de tempos de fanzine Rodrigo Ciríaco que lançou em 2011 o livro de contos “100 mágoas” com apresentação de Marcelino Freire. Rodrigo em minha opinião foi muito além do que eu esperava, pois em seu primeiro livro também de contos “Te pego lá fora” (2008), em que retrata o cotidiano da escola e seus atores, em “100 mágoas” ele também retrata o cotidiano, mas esse muito mais próximo da realidade de muitas pessoas. Contos de tirar o folego sem pausa sem vírgula (muitas vezes como a vida é), contos que nos fazem rir, sofrer, sentir ódio e até chorar, pois tamanha foi à preocupação em transformar em arte através das palavras a complexidade da percepção e sensibilidade. Destaco os contos: O sonho de Leni; Maria; Cansei; Sem mágoas; Mãe de aluguel; e O pulso ainda pulsa.
            Mais especialmente tive a oportunidade de conhecê-lo esse ano no sarau ParadaPoética organizado pelos manos Renan Inquérito e o fotógrafo MarcioSalata, realizado em Campinas. Depois de 7 anos trocando cartas e fanzines (Efeito-Colateral) pude abraçá-lo, conversar e assistir suas intervenções poéticas. Dia mágico e gravado na memória.
            Outra indicação e a música “Na febre do rato” do mano King Trip com produção do meu hermano de som Anselmo Nômade e gravado por Lincoln Rossi (Correra Record’s) que irá compor seu novo trabalho com a música RAP. King é conhecido por transitar por diferentes estilos e por trazer ao mundo a ideia certa e direta em relação ao cotidiano urbano apresentado sempre uma sonoridade completa de qualidade seja nos instrumentais como nas letras. “Na febre do rato” é uma metáfora (acho que posso definir assim) em relação às pessoas que transitam pelas cidades e que estão encurraladas nessa imensa jaula que é o sistema capitalista, que passam a conviver cada vez mais com mesquinhez, o individualismo e a competitividade.
            E por fim quero destacar um filme francês divertidíssimo e muito especial, “Intocáveis” dos diretores Eric Toledano e Olivier Nakache, com os atores  François CluzetOmar SyAnne Le Ny, que retrata momentos simples da vida na relação de um senhor de aproximadamente 50 anos tetraplégico rico totalmente dependente de muitas pessoas para continuar vivendo e de um jovem imigrante negro pobre desempregado que se vira como pode para sobreviver, ambos com problemas familiares (bem distintos) que influenciam diretamente na forma como procuram seguir as possibilidades de existência. Unidos pelo destino e que passam a ser grandes amigos.   Temas como família, segregação social, oportunidades com uma dose certa de humor. O filme só escorrega um pouco com cenas de machismo identificados em diversos instantes que pode provocar algum desconforto entre os mais céticos, mas que retrata de certa forma parte de nossa passagem em vida. “Intocáveis” toca em ponto que a meu ver é uma das questões mais emblemáticas que temos que conviver, a questão da relação com o próximo/semelhante. Porque lidar com os outros não é fácil!
            Segue aí as dicas para darmos mais sentido à liberdade de expressão manifestada em arte, três trabalhos dignos de reconhecimento e total atenção.

Firmão!

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Há tempos por Rodrigo Ciríaco

Há tempos
Em que não há mais tempo
pra nada
O futuro se faz
presente
As rugas chamam mais atenção
que os olhos
Os sonhos não aconteceram
E você não tem mais aquela força
que imaginou durar
pra sempre

Há tempos
Em que tudo que acreditávamos
não se cumpriu
A lembrança dos sonhos
Nada mais é do que um registro
amargo na boca
E as vistas cansadas não enxergam
Nem mesmo a sombra
da esperança.

Há tempos
que descobrimos que perdemos
muito tempo
Continuamos iguais aos nossos pais
Muitas pessoas se foram
mas a vida seguiu
indiferente
E o mundo já não é mais o mesmo
Está pior, que há anos atrás.

Há tempos
que o tempo se revela
Mostra a sua dura face
vazia
E nos lembra que a única coisa que salva
É o Amor
A única coisa que salva é o Amor
O tempo nos joga na cara que amamos muito
muito pouco.

Há tempos
Em que não há mais tempo pra nada
A única coisa a fazer
É entregar-se ao tempo
Sorver intensamente os segundos
Agarrar-se desesperadamente aos minutos
Aproveitar bem as horas vivendo
Um dia de cada vez

Há tempos
Que a única coisa a fazer
É dar tempo
ao tempo
Parar de olhar para traz
Ficar lambendo feridas
Reconhecer-se no instante
Viver


Ainda há tempo,
Talvez.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Lançamento Opera RAP Global




O Projeto Ópera Rap Global é um espetáculo musical, que mescla a representação da cultura popular, através do RAP, com a cultura erudita, através da Ópera . Tem como roteiristas o Professor Boaventura de Sousa Santos, sociólogo e escritor português e, Renan professor e MC do grupo de RAP Paulista "Inquérito". A Ópera Rap Global provoca mundos distanciados e ousa no campo artístico, contribuindo para o processo de valorização da cultura urbana por meio de elementos do Hip Hop. O lançamento do Projeto foi dia 13 de setembro de 2013, no Museu Júlio de Castilhos - Porto Alegre\ Brasil , com demo do estudo feito pelo compositor Pedro Dom ; performance cênica de Aline Ferraz e Renan Inquerito; e personagem principal Queni N.S.L. Oeste , que inspirou a criação do projeto, nas palavras de Boaventura Sousa Santos.

A realização é do Instituto Trocando Ideia,
Twitter: @operarapglobal
Facebook: TROCANDO IDEIA (Fanpage)

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Sabotage Nós - Documentário




'Sabotage Nós' é um documentário que retrata a caminhada do 'Maestro do Canão' em direção ao seu disco de estreia, 'Rap É Compromisso', apresentando a perspectiva dos produtores, amigos e colaboradores que participaram ativamente do trabalho. Em paralelo, é contada a história da 'Família RZO' e do momento áureo do rap nacional ao final dos anos 90.

O documentário é intercalado por cenas dos filhos de Mauro Mateus dos Santos, Wanderson Sabotinha e Tamires, mostrando o cotidiano da Favela do Boqueirão, onde moram e onde viveu Sabotage após a saída do Canão.

Os herdeiros do rapper ainda levam a reportagem para uma visita ao que restou da Favela do Canão, à beira da Avenida Prof. Roberto Marinho, antiga 'Av. Espraiada'. 

A direção é assinada por Guilherme Xavier Ribeiro, em uma coprodução da GuardaChuva com a MTV Brasil, que exibiu um trecho do material durante o 'Último Yo! MTV Raps', em setembro de 2003.


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

RAP...

RAP! Não fique só na aparência, você é mais do que o boné de marca ou o cordão de prata! Você é passado, presente e futuro. Você é vida, arte e sentimento.

domingo, 1 de setembro de 2013

Mentes Urbanas DCI - 10 anos

Capa do novo álbum: "Recrutando os Aliados"

Este ano faremos 10 anos de atividade com a música RAP. Com isso estamos lançando esse trabalho que é uma coletânea da nossa trajetória dentro do movimento. Reúne músicas que não entraram no nosso primeiro CD "Só os pobres vão a guerra" de 2005, assim como outras músicas já 
disponibilizadas na internet. "Recrutando os Aliados" marca uma nova fase do grupo  em termos musicais e ideológicos. Conta com participações de peso dentro do RAP de Araraquara e pra dizer convicto dentro do RAP Nacional.

Força a tod@s e muita PAZ!

FICHA TÉCNICA

01 Intro
Colagem: MC Maurício Filme: Matrix 1999

02 ETC... apresenta Mentes Urbanas DCI
Produção: André ETC 2013
Letra: André ETC

03 Brasil onde vivemos 2003
Letra: Dé

04 África em chamas 2004
Colagens: MC Maurício Músicas: "Honra" Apc 16 e "Contos do Crime" CXA
Letra: MC Maurício

05 Massacre contra manifestantes na África do Sul
Colagem: MC Maurício Noticiário: Euro News

06 Aos guerreiros haitianos 2007
Letra: MC Maurício e Dé

07 Inimigo Bush part. Du e Diogo 2008
Letra: MC Maurício e Dé

08 Eles estão em toda parte 2008
Sample: "But The Clouds Were Indifferent To His Tears" de Alex Kozobolis
Letra: MC Maurício, Dé e Filipinho

09 Recrutando os Aliados 2013
Produção: Anselmo Nômade
Colagem: Anselmo Nômade Filme: Genghis Khan - A lenda de um conquistador 2009

10 Tempos de criança part. ETC... 2010
Produção: MC Da Lua
Letra: André ETC, MC Da Lua, Dé e MC Maurício

11 Tempos cotidianos part. Fajuto 2009
Produção: MC Maurício
Colagem: MC Maurício Entrevista: "Letras e Leituras" entrevista Luiz Alberto Mendes
Letra: Fajuto e MC Maurício

12 Fim...
Colagem: MC Maurício Filme: Matrix 1999

BÔNUS África em Chamas AO VIVO em Américo Brasiliense-SP 2008
Audio extraído de máquina fotográfica digital por Marílise Moysés

Gravado por Voz Urbana Produções (Araraquara-SP), exceto faixa 02 e 08 (Dr. Áudio – Araraquara-SP) e 10 (Ganja Groove – São Carlos-SP)
Mixado por MC Maurício, exceto faixa 02 e 10 por André (ETC...)
Arte e projeto gráfico: MC Maurício

Setembro de 2013.




Este trabalho é dedicado em memória de: Maurão, Zé Caroço, Dona Cida, Dona Beth, Leão, Thiago, Dênis, Daiane Vargas e Caetano que partiram para um mundo melhor, quando estiveram de passagem foram importantes para seus respectivos entes queridos e buscaram propagar a PAZ... 

sábado, 6 de julho de 2013

POEMA DO RAP por Dé (Mentes Urbanas DCI)

Inspirado no poema de Sérgio Vaz...

POEMA DO RAP por Dé (Mentes Urbanas DCI)

Veja só, eu no olho do furacão, observando os dias de apocalipse, pra uns natural, pra outros FIM DOS TEMPOS, a guerra faz estrago, na Ásia, na América Latina, veja a ÁFRICA EM CHAMAS, você acha que sou louco, irmão? Não sou não, aqui é o BRASIL ONDE VIVEMOS, país das desigualdades, dos POLÍTICOS SAFADOS, tô na guerra igual você, em meio a corpos que caem, o que prevalecerá é A UNIÃO DOS OPRIMIDOS CONTRA OS OPRESSORES.
No meu cérebro: conhecimento, muita LITERATURA MARGINAL, no coração: o amor , a solidariedade, e a arma principal espalhada PELAS PERIFERIAS DE PONTA A PONTA.
HIP-HOP, nosso exército de ALMAS REAIS está formado, exército que luta pelos DIRETOS, pelas favelas e guetos do SUBMUNDO,na lei dos homens reina a desordem e a injustiça, mas na LEI DA UNIÃO não existe trição, guerrilheiros da rima, viver ou morrer, mas acabar com os PROBLEMAS DA PERIFERIA, respeito entre todos, fortalecendo a guerrilha, as crinças sendo respeitadas por suas famílias, e molecada lembrem-se: sempre VALORIZE SEUS PAIS.
Falo essas idéias pra muita gente, mas de vez em quando , na "neurose", também troco ideia com o meu espelho...ESPELHO,ESPELHO MEU, quando chegará a nossa revolução, e os porcos, julgados pelos favelados, julgados e condenados pela REAL EXECUÇÃO?


quarta-feira, 3 de julho de 2013

O RAP E A POESIA (parte II) por Sérgio Vaz


O RAP e literatura da periferia há tempos vem falando de todos esses problemas que hoje viraram pauta nas manifestações deste país.
Quando o sofredor fala ninguém da ouvidos.
Lembra?
“É som de preto, de favelado, mas quando toca ninguém fica parado.” (Amilcka e Chocolate)
“Pois é, assim que é” diria o RZO dentro do TREM.
O Racionais MC´s falou que daria um filme, mas deram vários. Inclusive Cidade de Deus, o melhor de todos. PERIFATIVIDADE total.
Em tempos de preconceito explícito, não é fácil ser homem de aço no Brasil (DMN) para os MANOS E AS MINAS (Xis). Se não ficar esperto é POW e PAH, PEI.
É sobre isso que a gente canta e escreve: sobre o homem na estrada em busca de UM BOM LUGAR (Sabotage).
E aí, colocaram FOGO NO PAVIO (GOG) ou FOGO NA BOMBA( De menos crime)? A REALIDADE É CRUEL no CAPÃO PECADO (Ferréz), ou para qualquer SUBURBANO CONVICTO (Buzo).
COLECIONADOR DE PEDRAS (Sergio Vaz) ou não, os saraus de poesia que se espalharam pela periferia, mostraram que não estamos aqui DE PASSAGEM, MAS NÃO A PASSEIO (Dinha).
É o fino da Poesia, é o FINO DU RAP, é nóis TRAFICANDO INFORMAÇÃO (MV Bill). No RAP é CADA GÊNIO DO BECO rimando na SLIM RIMOGRAFIA que a CONEXÃO DO MORRO não para.
Através da VERSÃO POPULAR fomos criando nossa CONSCIÊNCIA HUMANA que o movimento é pra todos, pro G pro H pro I e PROJOTA. Essa é minha VISÃO DE RUA AO CUBO.
ATITUDE FEMININA não falta, FLORA MATOS.
Não tem coisa melhor do mundo que recitar poesia ouvindo a TRILHA SONORA DO GUETO, porque a periferia é e sempre foi a FACÇÃO CENTRAL do bagulho.
EM PUNGA (Akins e Elizandra Mjiba) deram o recado, a RAPADURA é doce, mas não é mole.
Essa poesia sempre percorreu a VIELA 17 e as favelas ao lado do oprimido, ao lado do povo, na luta contra o racismo, o RAP é a música que está perguntando: “Como vai seu mundo?” (Dexter).
Não temos o CORPO FECHADO (Thaíde e Dj HUM), mas também não temos medo, somos o ELO EM BRASA, tanto faz no interior ou na ADEMAR, porque luta sem estratégia é rifa, a gente sabe disso no BINHO ou na COOPERIFA, somos POTENCIAL 3, na primeira potência. É poesia, é CRÔNICA é romance, literatura na veia.
DETENTOS DO RAP, não na vida, esse é o lema dessa literatura.
Somos brancos, índios, mameluco, essa nação é ZÁFRICA BRASIL, porra!
E o CRIOLO está cansado de ser estatística de chacina, EMICIDA, não homicídio, entendeu? SOMOS NÓS A JUSTIÇA. KSL ou NSN?
“DEUS, OLHAI OS FILHOS DA PERIFERIA (N Dee Naldinho), mas é bom a gente ficar de olho também.
Poesia é INQUÉRITO, morô? O Bagulho não é mínimo, é MAX B.O. Porque “Evoluir crescer” (Tati botelho) é fundamental. Se gostar e passar kAMAU, chama o DOCTOR MC´S porque vai ficar NEGREDO quando DBS e a quadrilha dominar o ritmo e a poesia. Nessa TERRA PRETA onde DOM PIXOTE viu moinhos e dragões, o RAP É COMPROMISSO NÃO É VIAGEM e RESPEITO É PRA QUEM TEM (Sabotage).
Não adianta julgar, O JUÍZ MAIS JUSTO É O TEMPO (Detentos do RAP).



Sérgio Vaz poeta da periferia

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Alguma coisa tem que mudar por Repper Fiell


Quando nós do hip-hop narramos a realidade vivida nas periferias do Rio de Janeiro e Brasil, muito acham que somos apologista ao crime etc.

Muitos na última manifestação 20/06 no centro do Rio, pela primeira vez sentiram os olhos arderem por fumaça de bomba de gás lacrimogêneo e pimenta. Claro, não tô dizendo que isso é bom, também sobrevivi a essa violência da PM nesta manifestação e ainda tive amigo espancado e humilhado.

Mais a vida dentro de uma favela é foda. Lá a bala é de aço. Faca na cabeça por parte do estado assassino de Sergio Cabral e todos os outros que antecederam.

Hoje na favela da Maré o estado está mostrando qual é o tratamento que tem para essa população sofrida sem cidadania. PENA DE MORTE.
Já temos informação por comunicadores local, de mais de 15 morte e outros que ainda não foram achados. Corpos são carregados em carro de mal por policiais. Casas sendo invadidas e moradores sendo assassinados por ser preto , pobre e favelado.

Qual é a solução, pedir não a violência? Ir para a praia de COPACABANA fazer manifestação?
neste momento as lagrimas caem pela impotência, por saber o que muitos favelados não sabem que vivemos em uma luta de classe, onde o inimigo numero 1 é o sistema capitalista, que além de jogar todos nós nas favelas, joga as armas as drogas e todas as policias...

Em nome de todos os mortes sendo envolvido com o trafico ou não envolvido, não podemos aceitar essa pega de morte para favelado de braços cruzados. Alguma coisa tem que mudar.

sábado, 22 de junho de 2013

De qual ângulo você vê o Maracanã? por André Lopes de Souza


No dia de sua reinauguração, uma parte do mundo voltou seus olhos ao Maracanã, um dos principais templos do futebol. Finalmente, um estádio brasileiro com cara de Europa, moderno, com assentos numerados, gramado impecável e excelente iluminação. De todos os lugares é possível ter uma visão completa do campo. A arquibancada ficou mais próxima, os jogadores quase podem ouvir gritos individuais dos torcedores. Os problemas dos altos preços das refeições e do baixo número de banheiros não comprometeram o reencontro do povo carioca com seu maior amor. O Maracanã volta a ser uma das cerejas do bolo da Cidade Maravilhosa.
Esse foi o discurso da mídia nos dias recentes, repetido exaustivamente por várias reportagens. Mas, às vezes, as ausências nos dizem mais do que o que é amplamente divulgado. Então, uma coisa em particular me chamou a atenção. Onde estava a Mangueira? A Mangueira, uma das mais tradicionais favelas cariocas, fica a uns 200m do estádio, contudo em pouquíssimos momentos as imagens que retrataram o Maracanã no jogo de reinauguração incluíam a comunidade. Os barulhentos helicópteros que sobrevoaram a região o dia todo ficavam estrategicamente posicionados em cima da favela nos momentos em que a TV colocava as imagens aéreas. Assim, os ângulos privilegiaram a paisagem moderna da Tijuca e da Vila Isabel em detrimento do tradicional bairro da Mangueira.
Da mesma forma que durante a transmissão, se pesquisarmos no Google Imagens as palavras “Novo Maracanã” veremos que a esmagadora maioria das imagens aéreas do estádio escondem a favela.
O jogo, transmitido a vários países, parecia que precisava passar o recado de que o Brasil é um país sério e moderno, capaz de realizar um evento de porte mundial. E, para conseguir convencer, precisamos esconder aquilo que temos de mais “atrasado”, a favela.
Sintomáticas foram às várias reportagens brasileiras que repercutiam a visão da mídia externa sobre suas impressões do novo estádio. O Brasil moderno e competente precisava ser posto a prova. As notícias repercutiam os altos preços do estádio, o fato de ter passado recentemente por uma custosa reforma para o Pan-Americano e os atrasos na obra. Curiosamente, tais fatos são menos comentados internamente.
Se esses temas encontram resistência na parcela menos crítica da mídia, a grande soma de remoções em virtude de obras viárias é sistematicamente ignorada. Na Rua São Francisco Xavier, há cerca de 300m do estádio, temos várias famílias sendo removidas. Podemos ver várias faixas de protesto com os dizeres: “Queremos trabalhar”, “Polo automotivo, orgulho da cidade” se referindo as empresas de comércio de autopeças das quais as famílias da região tiram seu sustento. As remoções são inevitáveis em muitas obras públicas; o problema é que elas estão ocorrendo sem que se respeitem os direitos dos cidadãos. Muitas vezes o traçado de novas vias é pensado justamente para passar por comunidades, pois o preço da remoção é menor. Na grande maioria dos casos os valores pagos pelo desalojamento e as condições de reassentamento são insatisfatórias. Muitos blogs e trabalhos científicos nos dão farto material sobre o tema.
O que fica claro nessa análise é que para a mídia brasileira é mais importante relatar o que a imprensa externa achou do evento do que produzir matérias dando voz a todos os interessados nos acontecimentos relativos ao Novo Maracanã.
Mais que uma crítica à cobertura midiática, questiono o sentimento de parte dos brasileiros de tentar esconder as misérias de nossa sociedade. Ter favelas é uma coisa vergonhosa, principalmente em um país que se orgulha de ser a sexta economia do mundo. Entretanto, se nos envergonhamos dessa desigualdade, devemos resolver o problema, provendo a essas áreas serviços de saneamento, regularização fundiária, escolas de qualidade, transporte público eficiente, hospitais com atendimento digno, políticas de segurança pública que não se baseiem na opressão, além de implementar mecanismos que freiem a especulação imobiliária e que garantam o acesso à moradia.
Evidente que para isso o Estado deve servir menos às empresas e mais aos cidadãos.
Diante desse cenário, devemos refletir sobre quais são as condições sociais que legitimam a visão de que é mais importante esconder a favela do que dar cidadania. Dito de outra forma, devemos pensar o que faz com que estejamos, como sociedade, mais atentos a demandas exteriores do que a de nossos cidadãos. Enfim, qual é o motivo de se esconder as favelas? Quantas são as violências implícitas em uma só imagem?

André Lopes de Souza é Geógrafo formado pela UNICAMP.
souzalandre1@gmail.com

Branquearam o futebol por Juca Kfouri


Que perdoem os que vivem num país tão diferente que imaginam não haver racismo no Brasil.
Que perdoem, ainda, os que diziam que a política de cotas é que estabeleceria discriminação racial em nossas faculdades, o que os fatos têm desmentido à exaustão.
Que perdoem, também, os complacentes de plantão que a tudo justificam, até a entrega de estádios inacabados, sujos, com entornos perigosos, por mais que as obras tenham estourado todos os prazos e quase dobrado os custos.
Porque o preço médio do ingresso na reabertura do Maracanã ficou na casa dos R$ 150!
Negros, no estádio, só os que lá foram para trabalhar.
Dê uma olhada neste time, dos anos 80, convocado por Telê Santana: Valdir Peres, Leandro, Oscar, Edinho e Pedrinho; Falcão, Sócrates e Zico; Dirceu, Careca e Éder. Sabe o que ele tem de extraordinário, apesar de jamais ter entrado em campo, embora os 11 tenham convivido na mesma concentração para a Copa da Espanha? São todos brancos.
Fruto do momento em que a várzea perdeu para a especulação imobiliária, do surgimento da escolinhas de futebol e, é claro, de circunstâncias aleatórias.
Curiosamente, os maiores ídolos dos times mais populares do eixo Rio-São Paulo eram brancos, Zico e Sócrates, filhos da classe média.
João Saldanha se preocupava e apelava: "Não acabem com os nossos crioulos!".
Do time que disputou a Copa de 1982, Luisinho, Júnior, Toninho Cerezo e Serginho eram os titulares que davam o tom mestiço que sempre caracterizou nossas seleções de Djalma Santos, Didi, Mané Garrincha, Pelé, Zózimo, Amarildo, Jairzinho, Brito, Everaldo, Cafu, Aldair, Márcio Santos, Mauro Silva, Mazinho, Romário, Ronaldos, Rivaldo, Roque Júnior, Gilberto Silva, Kleberson, Roberto Carlos, para citar apenas os titulares campeões mundiais.
Será que teremos de criar cotas também nos estádios, para evitar que a elitização em marcha exclua ainda mais os excluídos? Se até no velho Pacaembu, nos jogos mais cotados do Corinthians, é perceptível o branqueamento, como será nos novos estádios da Copa-14, chamados impropriamente de arenas?
Dia desses esta Folha fez certeiro editorial sobre as oportunidades que a nova situação enseja para a modernização do futebol brasileiro.
Organização, conforto, segurança e bons gramados, tudo é essencial e há décadas se luta por isso.
Como não se deve esquecer de que o bom gestor do negócio do futebol haverá de ser aquele profissional que, friamente, for capaz de exacerbar a paixão.
Que perdoem as arenas, mas sem os crioulos a paixão será absorvida pela areia virtual e movediça que as caracterizam, porque até do ponto de vista puramente da língua elas são uma fraude, plastificadas, pasteurizadas e higienizadas.

Juca Kfouri é formado em ciências sociais pela USP. Com mais de 40 anos de profissão, dirigiu as revistas "Placar" e "Playboy". Escreve às segundas, quintas e domingos na versão impressa de "Esporte".

terça-feira, 18 de junho de 2013

Chegou a nossa vez por MC Maurício

Manifestações na cidade de São paulo junho/2013

Conversando com um amigo mencionei que estamos vivendo um período histórico em nosso país, não estamos mais saindo na rua para nos reunirmos em prol do futebol jogado pela seleção brasileira ou muito menos para requebrar no carnaval, que são duas culturas que trazem a nossa identidade, mas a anos se corrompeu e só se mantem no coração e na mente de quem viveu por amor a parada. As recentes manifestações nas capitais dos estados e nas grandes e médias cidades do Brasil é o reflexo não só do aumento agressivo no valor do transporte público, mas é toda a vontade de gritar que esta entalado na garganta referente aos crimes cometidos no Brasil desde a invasão pelos Europeus (isso desde em 1500).
O povo na rua reivindica a falta de educação pública de qualidade em todos os níveis de aprendizagem que incluem também uma maior atenção aos nossos queridos professores, melhores condições no tratamento a saúde nos hospitais públicos e mais profissionalismo, habitação para aqueles cidadãos que estão em áreas de risco ou mesmo aqueles que não tem onde morar, segurança pública para o público (e isso incluem os militares mal remunerados que estão a merce dos governantes), assim como, a revolta é pelo passado histórico de opressão violenta contra os negros escravizados, indígenas torturados, a má distribuição de terra ou melhor a falta dela em um país com magnitudes territoriais a nível continental, aos massacres nas cadeias, presídios, febem's, cárceres, penitenciárias, aos crimes ocultos da ditadura militar a mando dos estadunidenses, ao extermínio de jovens nas periferias e favelas. Junta tudo isso coloca na balança, o que pesa mais para o governo federal??? Nada. Prova disso é a FIFA vir aqui estupra, goza e quer mandar, dominar e aos nossos olhos estão os estádios de padrão europeu pros gringos assistirem os jogos e as pequenas comunidades ao redores dos estádios totalmente destruídas. Toda revolta tá nisso ae, é um pacotão lacrado de anos e anos sofrendo na mão do opressor. 
O Brasil quer ser campeão, mostrar pra ONU e pro mundo que é capaz de elevar os números do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), mas na real sempre perde no quesito qualidade de vida que está ausente nos miseráveis do terceiro ou quarto, quinto mundo que diariamente movem as engrenagens na cidade, no campo (opá no campo tá tudo mecanizado e o padrão da agricultura é do porte de exportador), pois é desse jeito tudo nosso nada nosso!
E tem mais, a grande mídia braço gordo da política suja do nosso país, ainda insiste em querer manipular... Haverá no meio das manifestações aproveitadores que irão usufruir da nossa emoção e razão de luta, mas temos que ser inteligentes e espertos, pois nem sempre se dá a cara a tapa, ou melhor acho que todo dia se dá a cara a tapa, só que agora a voz não se cala mais!
Chegou a nossa vez de mudar, pelo menos não deixar que as coisas sejam futuramente como estão. Medíocres e vergonhosa! Brasil mostra a sua cara, disse o artista, assim como, Discurso ou Revolver, rimou o poeta. As ruas são o nosso palco e a cena somos nós que fazemos, calar-se não é a solução. Não se espantem, pois essa geração tem muito a dizer! 
A revolta só está começando...     

segunda-feira, 29 de abril de 2013

A ferida...


Sou a ferida exposta na rua caminhando à vontade
De mochila indo pra universidade,
Que os porcos e os ratos viram e engoliram secos
Esperava por um traficante, agora pagam um pequeno preço.

Nosso momento...


Estou em estado de paz
Quando sorrio ao ver sorriso da minha esposa
Após um simples beijo na boca
Faz com que o nosso laço seja mais forte
Selando um sonho o desejo na fé não na sorte
E poder seguir rumo aos objetivos e ambições
Expressando o sentimento que queima de amor nosso coração
Salientando em sensibilidade o tesão de nossas emoções.

Meu momento...


Vai na fé, propague a paz assim que se faz
Não cultive a inveja, inveja mata
É só desgraça igual à cachaça...
Se encharcar embaça.
Fere o coração de quem no limite dispõe
Da vida pra te socorrer. Falo da mãe
Ô mãe, linda que Deus te guia e ilumina!

Frase...


“O mundo é cruel todos escondemos a sua sujeira até quando recebem visitas na sua própria casa”. (DOC Caminho da copa)

Correria


Na luta incansável pelo seu sustento
Humildemente está o trabalhador
Lixeiros, diaristas, motoboy, cobrador
Caminhoneiros dia e noite, noite e dia
Professores, ambulantes, bóias-fria
Operários, pedreiros, costureiras,
Atendentes, telefonistas, enfermeiras
Seja se estiver a acima ou abaixo
Fixo, terceirizado, analfabeto, letrado
O importante é ser competente
Consigo mesmo cê me entende?

Bandidão


Na quebrada o bacana pagando de quadrada faz pose
Carros, piriguetes, dinheiro, poder tem o que quiser
No bote dus zomi X9 caiu o latrô no 12
Agora no X na penita da city passa por mulher.

Glórias!!!


O filho no ventre veio pra superar o falecimento do pai
Que marcou o inicio da sua trajetória
É difícil superar quando alguém se vai
Mas lindo é receber quem vem pra trilhar a vida com glória

Sensibilidade


Poucos têm a sensibilidade de ver o nascer do sol
Por entre os troncos do eucalipto
Sentir o encanto das cores no céu
Marcando o horizonte com o brilho na linha do infinito

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Viver é... Vencer sobre a Realidade


Amanhã é um novo dia, se Deus quiser.
O Sol raiando no seu rosto,
Dar em bom dia a alguém se puder
Sem desprezo, sem inveja,
Longe livre da ambição
Poder seguir em frente
Com fé pra fazer revolução

Já esqueceu? O dia só esta começando

Não desista, persista.
Coloque em prática os seus planos
Humilhação não é
Você pedir ajuda a alguém
Problemas são normais
Todo mundo tem
Imposto na sua vida
Para superá-lo
Se alie a pessoas do seu lado
Unidas como cartas no baralho
Siga em frente
Pra poder entender
Uma luz no caminho
É a Natureza iluminando você
Cabeça erguida, nunca baixa,
Mas sempre com humildade
Pois viver é... Vencer sobre a realidade!

25/08/2006