quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

domingo, 13 de fevereiro de 2011

OBSERVAÇÃO

 

Olho a rua.
Vejo pessoas.
Ouço passos.
Na boca sinto o gosto amargo do fel.

Em minha frente vejo tudo nebuloso.
Tento enxergar a esperança,
Tento ouvir algum ruído agradável.
Me esforço para ouvir alguma.

Quanto mais olho ao meu redor mais difíceis se tornam as coisas.
Quando vejo a cara das pessoas só vejo rostos disformes e marcados.
O que ouço é apenas um riso sarcástico e marcados.
Em minha boca não há nem choro, nem sorriso, nem riso.

É o caos.
Tudo gira.
Que barulho, que coisa horrível, tudo acabou.
Observação: o que acabou foi a PAZ E O SILÊNCIO.


COMPRANDO O PRAZER por Maurício Moysés


Compare a situação,
O dinheiro compra o prazer
Cada qual na sua condição
Resolvem o que irão fazer.

O empresário bem sucedido
Decidiu ser mais feliz,
Deixou pros filhos um negócio definido
E acomodou-se em Paris.

O traficante foi expandir seus negócios
Ecstasy, crack e cocaína,
Com as ninfas e os sócios
Na praia da Joaquiana em Santa Catarina.

A empregada doméstica cheia de esperanças
Aproveitou a folga num domingo pleno,
Juntou uns trocos, pegou suas crianças
E foram saborear as coxinhas de Bueno.

Tudo é um momento,
Separado em cada classe
Entre quem vive em função do tempo
Outros nem se quer nele reparasse.

O empresário, o traficante, a empregada
Pelo poder da fantasia, seduzidos.
Somente são aquilo que tem e mais nada?
Ou apenas alimentados pelo sistema produzido.