sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

SOCIEDADE ALIENADA por Maurício Moysés (Mentes Urbanas DCI)

Usufruir de meios de comunicação, métodos de mera mercadoria. Horas e horas em frente à televisão, seres manipulados a consumir os produtos enlatados estadunidenses, tripular por muito tempo no concorrido mercado de trabalho, determinando por finalidade acumular os códigos de barras impertinentes que sustentam o capitalismo. Que privatiza e concentra capital para o uso de poucos e seqüenciando a miséria de muitos. Alienar, efetivando a fuga ideológica, para que as pessoas não atribuam os direitos de pensar e agir, sem que ocorra agressão física, mas sim moral. Destruindo a capacidade das relações socioculturais, como um conjunto de valores que determinam uma sociedade.
Capitalismo centralizado, desenfreado, introduzido no cotidiano das pessoas de forma covarde e traiçoeira. A sociedade alienada apenas segue os parâmetros estabelecidos por recursos que o sistema mantém há vários anos. Manipular informações, padronizando os seres dominados... Procure se informar obtenha conhecimento, não deixe que essa sociedade faça de você um fantoche no qual, está submetido em que “você é aquilo que tem e não aquilo que você é”.

SEJA ESPERTO... MAS TAMBÉM INTELIGENTE!

GUERRILHA DCI (IN)DICA:

VÍDEO: Super Size Me (2004)


O filme/documentário relata a vida de Morgan, que decidiu fazer uma dieta de 30 dias (fevereiro de 2003), apenas com os produtos da rede de fast food’s Mc Donald’s.
A cada etapa Morgan Spurlock e uma equipe de médicos e especilistas provam que o consumo dos alimentos provoca sérios problemas de saúde, chegando a consumir em média 5000 kcal (o equivalente de 6,26 Big Macs) por dia durante o experimento, agredindo os sistemas e órgãos do corpo humano.
Um fato marcante no filme é o alto índice de obesidade infantil e adulta, provocados pelo consumo descontrolado dos lanches do Mc Donald’s na alimentação dos norte-americanos.

Escrito, produzido, dirigido e protagonizado por Morgan Spurlock

MASSA MANIPULADA por Luester Tatoo

Porque nem sempre temos o que queremos
Nem sempre o que queremos é o que temos
Nem sempre amigos, são de fato amigos.
A resposta nem sempre temos,
Mas mesmo assim questionamos?
O que faz pessoas se esquecerem do papel
Mãos que não se apertam,
Braços que não se abraçam, quando pouco se entrelaçam.
Esses são tão falsos
Às vezes o que editam, ensaiam e encenam,
Pra que no final de um grande ato obtenhamos a resposta
Ensaiada e descarada, destorcida e complicada
Afinal ninguém entende, confundem, confundiram nossa mente.
Com palavras adocicadas, uma massa inconformada,
Quase sempre abobalhada
Mas uma vez ludibriada.
É sempre assim que nos sentimos,
Quando noticiário assistimos:
Eles sempre bem vestidos, como manda o figurino
Prontos , para entrar, uma massa enganar
E o seu ato finalizar
Em que mundo estamos
Manipulados, feito bonecos de pano,
Temos a mente estraçalhadas
Pelo sistema que lá está pra supostamente ajudar,
Mas só faz atrapalhar.
O ser humano, machucado,
Com o corpo esmagado
Como escravo acovardado, ali permanece sentado
Já não sente os estalos, que lançados pelo chicote,
E mãos do Estado.
Sua cabeça já não levanta
Engole seco o nó na garganta
Então olha para os seus
Que mesmo ao lado, os vê tão ausente
Por segundos lhe vem lampejos
Se a maioria se unisse, arrasaria,
"A suposta democracia"
De repente escuta um barulho
Abre os olhos se vê no escuro
Questiona-se que barulho seria aquele,
Olha ao lado vê um relógio
Que mais uma vez o desperta
"Para o pesadelo da realidade imposta"
Sai de casa fecha a porta,
Se junta a massa,
Que só espera para ser manipulada.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

PROJETO ARTE LIVRE + FUTEBOL DE RUA

Mais uma vez, contamos com a presença marcante da molecada da rua Antenor de Araujo para as atividades em comemoração ao mês da criançada. Oficinas, futebol, videos e muitas guloseimas animaram o nosso domingão sem Fausto no Complexo DCI. No último domingo 24/10/2010 realizamos pela manhã o projeto Arte LIVRE com contação de história e oficina de origame (criação da tartaruga VIRAMUNDO). No período da tarde o tradicional campeonato de futebol de rua. Muito futebol verdadeiro, com raça, sob um sol quente (de fritar ovo na calçada). Mesmo assim a rapaziada compareceu e vibrou com os gols e premiações! Anoite só comilança rsrsrsrsr.




















sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Os mesmos (texto inédito) por Ferréz 1 da Sul

Os mesmos


Chegaram, em cartazes, folhetos, banners, TV, rádio, boca-a-boca.
A eleição da canalhocracia tem seu início, meio e fim.
Temos que escolher, optar, garimpar, pesquisar, enquanto a mídia fica a todo tempo tocando a mesma música, editada pelo sistema democrático.
Temos que votar.
Você escolhe seu futuro.
É sua chance de mudar as coisas.
Entre frases fáceis, sorrisos falsos, maquiagens fortes, discursos vazios e apoios hipócritas, o povo que está tão longe tem que escolher.
A culpa pega forte, votar em nulo, é desperdício? Vai para outro candidato?
A resposta é não, voto nulo é nulo, não pode ir para ninguém, não é computado em nenhum candidato, é uma escolha.
Escolher, temos que escolher entre velhos decréptos a beira da morte, ou promessas de mudanças de rostos iguais, de filhos, netos, sobrinhos, irmãos, que no fim são os mesmos com suas promessas sempre cheirando a mofo.
Os artistas em massa se candidataram esse ano, vendem sua carreira as vezes conquistada com tanta luta, talvez por motivos financeiros, ou simplesmente pela vaidade, vai saber no fim o que motiva a alguém estabilizado na vida artística a querer ser deputado, talvez vontade de mudar algo?
Você também sente ânsia ao ouvir o discurso empolado, difícil, não direto e abrangente, mas resumido.

- A família, justiça, Saúde!

O vômito é inevitável para quem sabe um mínimo do que acontece na vida real.
Postos de saúde sem ao menos um curativo.
Hospitais com senhas de atendimento que demoram 6 meses.
Falam, esbraveja, latem que vão fazer mudanças.
Sim, na vida deles haverá mudança, ao manipular um cargo tão vantajoso.
Dentro disso o menos mal é o palhaço que faz seu papel, que desde a origem do mundo é isso, ridicularizar.
Só que agora a piada não tem tanta graça.
Greve de professores, aposentadoria sendo ameaçada, transporte público em colapso, juventude afundando nas drogas, debate racial, cotas, crise na universidade pública, favelas sendo queimadas, polícia exterminando.
O riso não sai, os olhos enchem de água, você digita o voto, não agüentou tanta propaganda para fazer isso.
Seu direito.
Seu dever.
Agora não precisa sequer tirar o título eleitoral.
Não tem direito a não ir, não tem o dever de saber a verdade e é sua responsabilidade se o palhaço errar.
Vou votar com nariz de palhaço pois é o que sou se der meu voto para algum deles.
Tentamos enxergar alguém transparente nessa festa suja de slogans fáceis como o diálogo de novela.
É eleição, digite Kaos, fome e ignorância, escolha o palhaço, mas veja sua face triste, morfética, suja, veja sem a maquiagem, ele está no camarim contando o lucro da risada.
Mas os nossos motivos ainda são os mesmos, tentar alertar, não deixar tantos cair no buraco da facilidade do sorriso vazio, da promessa falsa.
Porcolíticos, ratocessores, troxeleitores.
O homem que não é de todo de natureza má, deixa os veículos de comunicação por ele julgar.
Esquece o ônibus lotado, o posto de saúde inútil, a falta de policia realmente comunitária, as filas imensas quando é para receber e o pronto atendimento quando é para pagar.
Olhando, não vejo nada, caminho sem estrada, mágoa, alienação, discursos sem alma, ternos sem pó, sapatos com solados sempre limpos.
Tudo é espetáculo, você corre não para você, mas para todo mundo.
Onde está o amor do pai que usa a foto do filho assassinado na campanha? Onde está o amor do artistas que expõe os filhos adotados para ganhar votos? Onde está o carinho do artista que pede seu voto para o marido, que nunca sequer discutiu política na vida?
Da minha parte, fica uma certeza, não vou contribuir com vagabundo nenhum.

Meu voto é nulo. Conscientemente nulo.

http://www.ferrez.blogspot.com/

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

FIQUE LIGADO!!!

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Nem todos serão MCs... por Gilponês

Data: 29/04/2010
http://www.bocadaforte.com.br/

Quando o hip-hop "fisga" um novo adepto, geralmente o processo costuma ser o mesmo: a pessoa (muitas vezes, ainda criança ou adolescente) se impressiona com a manifestação artística que vê ou ouve e deseja fazer o mesmo. Fica fascinada com os traços mágicos de um bom graffiti, os movimentos acrobáticos de algum b.boy ágil, os riscos hábeis de um DJ ou as rimas certeiras e inteligentes de um MC. Tal encanto costuma ser arrebatador!
Daí a querer fazer parte da cultura hip-hop, tudo ocorre de forma rápida. "Entrei pelo seu rádio, tomei, cê nem viu", diria Mano Brown, no caso do rap. E o novo "convertido" pelo hip-hop passa a querer seguir os passos do DJ, MC, b.boy ou grafiteiro que o inspirou. Compra roupas, imita os trejeitos, aprende (ou aperfeiçoa) o "dialeto das ruas", enturma-se com outros adeptos e... continua faltando alguma coisa.
Os que "vencem" no hip-hop não possuem só o dom ou talento, qualidades que, em muitos casos - na minha opinião -, nascem com a pessoa. Acredito que existem os predestinados no hip-hop, pessoas que vieram ao mundo para cantar, tocar, dançar ou grafitar, e que não seriam capazes de fazer nenhuma outra coisa tão bem quanto tais expressões artísticas. Alguns raros privilegiados, mais iluminados, nascem com mais de um destes "dons" altamente desenvolvidos.
Mas não é só de talento que brota o hip-hop. Para quaisquer das quatro manifestações mencionadas, é muito importante que o conhecimento (o "quinto elemento") esteja presente. Para tanto, é preciso estudar, adquirir e aperfeiçoar habilidades, buscar segundas e terceiras formas de enxergar e viver a arte, trocar experiências, compartilhar conhecimentos... Esse é o combustível que alimenta o hip-hop e o faz desenvolver-se e evoluir.
Porém, é preciso reconhecer que nem todos no hip-hop serão MCs, DJs, b.boys ou grafiteiros. Nem todos os adeptos terão qualidade para passar pela peneira, cada vez mais rigorosa, de tais manifestações artísticas. E, mesmo numa suposição utópica de que todos tenham talento à altura, nunca haverá espaço suficiente para todos os milhões de jovens brasileiros que sonham em viver do hip-hop, seja cantando ou tocando rap, dançando breaking ou fazendo graffiti.
Com a consolidação da cultura hip-hop, o profissionalismo se faz cada vez mais necessário, em todos os sentidos. E esta nova realidade exige que, além dos agentes artísticos, a cultura de rua também tenha seus próprios profissionais em outras áreas. Infelizmente, poucas pessoas perceberam isso.
O hip-hop brasileiro precisa, também, formar seus próprios engenheiros de som, designers, coreógrafos, cenógrafos, maestros, figurinistas, estilistas e produtores culturais. Precisa de jornalistas, escritores, cineastas, fotógrafos, relações públicas, profissionais de marketing e assessores de imprensa. Acima de tudo, o hip-hop precisa de advogados, administradores de empresas, economistas, professores, pesquisadores, historiadores e até parlamentares, entre inúmeras outras funções.
Para combater o tal "sistema" não é preciso ignorá-lo, mas sim usá-lo a favor dos princípios em que se acredita, ou seja, tomá-lo de assalto - no melhor sentido da palavra, segundo o conceito da verdadeira malandragem (estudar e trabalhar). E, com mais de duas décadas de existência no Brasil, o hip-hop não pode mais se portar como criança ingênua e birrenta, que recusa a mamadeira mas não quer aprender a usar talheres. A maturidade exige profissionalismo e isso se faz com seriedade, qualificação, conhecimento de causa e jogo de cintura. Enquanto agir de forma amadora, o hip-hop nunca será levado a sério como sempre desejou.
Alguns agentes do hip-hop já perceberam que nem todos serão MCs, DJs, b.boys ou grafiteiros. Estão atentos à importância de trabalhar o verdadeiro sentido da palavra profissionalismo, sem que, para isso, tenham de vender suas almas, prostituir seus ideais ou jogar no time oposto - como fazem uns poucos pseudo-profissionais do jogo. Outros ainda se alimentam da ilusão de que o mundo só precisa de quatro - e não cinco - elementos para buscar melhorias.
No rap, no breaking ou no graffiti, o conhecimento é o elemento mais importante para que a cultura de rua alcance sua ascensão e o tão desejado reconhecimento/respeito. Nessa ´guerra fria´ do século XXI, "o estudo é o escudo", como bem versou o poeta GOG. Além disso, também é bom frisar que nem todos serão generais. Palavras de mais um soldado...

PAZ a todos/as!!!

ELEIÇÕES 2010 - O circo chegou...

O circo eleitoral chega até nós e com ele algumas atrações no qual o público já esperava (outras nem tanto).

com mais de 1.000.000 (um milhão) de votos TIRIRICA  - O Palhaço

como governador do estado de São Paulo, GERALDO ALCKMIN - O Homen Bomba

e querando "animar a festa"

para presidência na disputa do 2º turno eleitoral, JOSÉ SERRA  - O Diabo

DIA 31 DE OUTUBRO O CIRCO ESTARÁ ARMADO, NÃO PERCAM... 

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

DISTANTE, PORÉM SEMPRE PRESENTE: O CIRCO ELEITORAL por Maurício (Mentes Urbanas DCI)

O cenário político brasileiro sempre foi um grande circo, obtendo como público a população pagante de impostos, que espera uma melhor justificativa de cada candidato para melhor representar-nos impondo as suas propostas. No período colonial conduzido pelos portugueses, os escândalos de corrupção efetuavam verdadeiros atos de “ilusionismo”, hoje no centro das atenções temos os deputados, senadores, governadores, presidente impulsionados sempre pela elite, manipulando os cidadãos a admitirem o espetáculo circense eleitoral em cada roda de boteco ou em um instante de uma novela, aprisionando o povo.
Estourem as pipocas, peguem o amendoim, pois o espetáculo irá começar!

“Pra te falar a verdade, não conheço nada. Mas tando lá vou passar a conhecer”. Declaração de Francisco Everaldo Oliveira Silva, o Tiririca, candidato a deputado federal ao Estado de São Paulo pelo PR. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, publicada em 25/08/2010.

Ironicamente é o que devemos encarar? A legislação brasileira aceita que um candidato a deputado (que nem se quer conhece as suas funções) candidata-se para um cargo que representa o seu estado, devia-se criar uma lei, realizando uma prova de conhecimentos gerais sobre política eleitoral. Assim, aprovando ou não os candidatos. Muitos obtêm o cargo pela fama popular em abuso da palavra, como os também candidatos a deputado, o cantor e apresentador Netinho de Paula, o ex-pugilista Maguila, o ex-jogador de futebol Vampeta, a dançarina de Miami Bass ou Funky Carioca Mulher Pêra (que alega somente saber ler e escrever, não apresentando nenhum histórico político-social).

Mas o show espetacular fica por conta dos que já freqüentaram o poder público, tais como:

O ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Indiciado pelo esquema de pagamento de propina, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, entre outros crimes.

O também ex-governador e atual candidato a deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, que foi condenado a dois anos de prisão por formação de quadrilha. Mas pode recorrer à liberdade.

E Paulo Maluf (esse é piada por si só), acusado de utilizar dinheiro público para bens pessoais e é investigado pela INTERPOL (agência da polícia estadunidense) por crimes financeiros fora do Brasil, é candidato a deputado federal pelo Estado de São Paulo.

Mas a população economicamente ativa (formada por jovens) adquire o seu precioso tempo, repondo as energias para uma nova jornada de trabalho. No entanto o tempo de mobilização social para lutar pelos direitos constitucionais torna-se restrito. A maior incentivadora de dispersão cultural são as grandes agências de “telecomunicalienações”. De prontidão o poder que as imagens da televisão exibem, reflete nas atitudes do cotidiano. No dia 3 de outubro de 2010 uma data marcante e decisiva para o nosso país em seus próximos quatro anos, estrategicamente os meios de comunicações manipulam o povo, favorecendo quem a pague mai$ para esconder o atual momento político. É nesse período que o campeonato brasileiro de futebol torna-se mais empolgante, criam-se novos reality shows e sucessos da moda musical não saem de cabeça e da “boca do povo”.

O importante é captar o maior vínculo de informação gerando assim um conhecimento sobre o que nos cerca. Mesmo que o tempo aparente ser limitado, o maior valor do cidadão está na compreensão de seus atos.

BARQUINHOS DE PAPEL por André (Mentes Urbanas DCI)

Tremulam bandeiras, carros de som, siglas e mais siglas, números aos montes, só não maiores do que as promessas dos candidatos.Estou cansado dessa patifaria cotidiana, ouve-se diariamente nos jornais:

"Candidato do partido tal andou de metrô, fulano andou pelas ruas periféricas, sicrano visitou hospital, dá nojo só de ouvir.Somente em ano eleitoral fazem essa farsa, e o pior é ver pessoas apertando essas mãos que tanto roubam, mas políticos deveriam visitar as penitenciárias, para lá ficarem um bom tempo, aprendendo a valorizar a palavra, falou tem que cumprir, grande ilusão essa minha, se fossem parar atrás das grades todos políticos corruptos, superlotariam ainda mais as já populosas "penitas".

Esses ditos representantes do povo, roubam aos milhares, hipócritas vagabundos, seus sorrisos não me iludem, com exceção de alguns pouquissímos honestos que realmente estão lá por ideais, o resto são ladrões do alto escalão.

Roubam por anos a fio, sabendo da impunidade que impera na república de bananas; os partidos de "esquerda", partidos do "povo", ficam nessa eterna discordância entre si, somando cada um, não mais que 1%, 2%, 5%, sem chances reais de elegerem representantes, e mesmo que conseguissem seria um ou outro isolado.

Nunca fiz, não faço, e nem pretendo fazer parte de algum partido político , apenas expresso minha opinião de cidadão cansado de palhaçadas.

O povo assiste tudo calado, aceitando tudo de cabeça baixa, num país de dimensões continentais, com tanta riqueza,não podemos aceitar tanta desigualdade...crianças morrendo diariamente por fome, milhares de indigentes, milhares de favelas sem o mínimo de condições de viver dignamente,milhares de analfabetos, escolas precárias, hospitais em situações desoladoras, mas eles não dependem de nada disso, quanto maior o nível de desinformação de um povo, mais fácil de controlá-lo, mas podemos esperar o que de um país que transforma em herói jogadores de futebol, participantes do big brother viram celebridades, sendo seguido por uma multidão onde colocarem seus pés... já disseram que "...o barato é louco, e o processo é lento...", só posso estar louco mesmo, ou enxergando demais...queria ter o poder despertar nesse país, o sentimento de patriotismo, a união, que cai sobre nós em época de copa do mundo, imaginem os milhares $$$$$ que serão gastos na copa de 2014.

Até lá espero estar no mundo da lua, bel longe daqui...

Enquanto isso continuo navegando com meu barquinho de papel, nesse mar de ilusões...

ELEIÇÕES 2010

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Mentes Urbanas DCI - Inimigo Bu$h

click no link para baixar

Música: Inimigo Bush
Letra: Maurício e Dé
Sampleado,mixado e gravado por Maurício no Estúdio Voz Urbana Produções

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A Rima Denuncia, primeiro livro de GOG, terá 48 letras


Está previsto para os próximos dias o lançamento do livro A Rima Denuncia, primeira incursão do rapper GOG pela literatura. Organizada com a ajuda do professor de literatura Nelson Maca, do coletivo Blackitude (Bahia), a obra terá 48 letras de autoria de GOG, que também é conhecido como O Poeta - e tido como um dos melhores letristas do rap brasileiro.

"No livro, as letras terão breves relatos e explicações sobre quando e como surgiram as ideias, além de como as músicas foram gravadas e quem participou de cada um desses momentos. São 48 letras, de diferentes momentos da minha carreira", adianta GOG, que, desde 1992, já lançou nove álbuns e um DVD. "Futuramente, também quero lançar um trabalho de caráter mais didático, que possa mostrar que as rimas do rap também têm critérios técnicos, que têm fundamento literário."

No momento, além de preparar-se para o lançamento de A Rima Denuncia, GOG também trabalha nas composições de seu 10º álbum, para o qual tem solicitado sugestões de temas aos fãs, através da internet. Pelo seu perfil no Twitter, o Poeta já adiantou os nomes de pelo menos seis músicas que deverão fazer parte do novo trabalho, previsto para ser lançado no dia 20 de novembro - Dia Nacional da Consciência Negra: "África tática", "O grande dia", "O circo", "Novos ventos", "Aos 45" e "Dia D". 

matéria extraída do site: 
centralhiphop.uol.com.br

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

É possível que estejamos todos enganados? por Luis Mendes

ngano Geral Fico pensando e às vezes dá até medo. Medo das conclusões que chego. Ou estou certo e então a confusão é maior que alcança meu pobre pensar; ou estou errado e sou o maior doidão. Porque às vezes chego a pensar que tudo não passa de um terrível engano. Parece que criamos uma vida para nós que nada tem a ver com aquilo que é nossa vida mesma. Criamos uma cultura que tende a nos desvincular da natureza da qual somos filhos. É como nos alijássemos de nossa mãe depois de sugá-la até a inanição. Parece que estamos a caminho das estrelas e o planeta é apenas uma ferramenta que usamos para este fim. Sustentamos um sistema que fabrica o alimento, a doença, o remédio e a prestação de serviços. Percebo que na medida em que vamos pagando por nossa alimentação, vamos perdendo o senso de uma vida natural. E pagamos agora para viver com o nosso trabalho porque já não fazemos parte da natureza mesma. Ela já não cuida de nós como faz com as plantas, os animais e a vida toda em redor de nós. Mas, em contrapartida não estamos mais independentes, emancipados, como podemos fazemos parecer. Enganam-se aqueles que assim pensam. Na verdade estamos cada vez mais submetidos à uma organização social. Já se experimenta monitoramento individual nos presidiários. Quando isso chegará ao cidadão? BBB já esta deixando de ser uma diversão. Estamos sendo transformados em consumidores e produtores tão somente. Em ultima análise, escravos e reféns de um sistema que criamos e que hoje nos gerencia. Quase aqueles filmes antigos em que as máquinas, criadas pelo homem, tomam conta do planeta. Ou filmes modernos como “Exterminador do Futuro” e “Matrix”, por exemplo. Pagamos para sermos gerenciado. Os nossos impostos sustentam a gerência desse aparente caos social. Pagamos para nos alimentar, para nos divertir, sentir, esquecer, até para viver e ser. Nada mais é espontâneo, até a criatividade humana é produzida em série, acabando com a originalidade. Nossa fome não é mais fome, é desejo de comer o que os anunciantes martelam via marketing. Vestir tem a ver com moda e não mais com proteger do frio ou até pudor, essa coisa antiga. Não temos contato com árvores, animais, grama, vida natural. Vemos tudo isso e “muito mais” na gigantesca TV a cabo e achamos que é suficiente. Nem nossa doença é doença mesmo, é mais motivo para comprar remédios. Um chá de limão ou de alho resolvia a maior parte dessas gripes e resfriados cotidianos que alavancam as vendas nas indústrias de comprimidos. Será que você que teve a paciência de me ler até agora pode me responder a pergunta inicial, ou ainda não consegui ser claro? Estou mesmo maluco ou a complexidade de tudo é muito além da minha capacidade de pensá-la? Por favor, estou mesmo na dúvida, se puder me ajude a responder.

NO ENTANTO PREOCUPADO por Maurício (Mentes Urbanas DCI)

Por volta das 18h30minh o trânsito é intenso no balão da avenida sete de setembro com via expressa. Carros, motos, caminhões, ônibus... A imensa emissão de gases poluentes só de vista torna o ambiente embaçado com o ar sufocante. O barulho ensurdecedor dos motores em aceleração, das buzinas, isso favorece mais a poluição.
Araraquara já ultrapassou a marca dos 200 mil habitantes com uma frota de veículos que alcança as grandes cidades do estado. A cada ano as obras na arquitetura da cidade fazem com que as vias de acesso público tornam-se mais estreitas, em tempos de pagamento na rua nove de julho (Rua 2) o movimento é constante, parece que todos querem transitar no mesmo instante, lembro muito de uma frase do artesão Adriano, publicado no informativo nº2 deste ano que dizia: “Olha as pessoas... Elas andam porque tem que andar, não é porque elas querem. Senão não estariam assim nessa manipulação”. O crescimento da cidade sem evolução, deixa passar por despercebido a saturação e a baixa umidade do ar, os dias sem chuva.
É necessária uma atenção por parte dos governantes e muito mais da população, há grandes indícios por parte do crescimento desorganizado do planejamento habitacional da cidade, falhas em questão da saúde pública (que apresenta dificuldades há anos).
Um ambiente poluído traz como conseqüências doenças cancerígenas na pele e no pulmão, aparentando um grau muito grave para uma cidade do interior do estado.
Cuidados com a água, o esgoto, os mananciais, as matas ciliares, a preservação ecológica, a estrutura urbana e principalmente a educação, formando a principal peça para o futuro de Araraquara e também da região.

HUMANIDADE por Dé (Mentes Urbanas DCI)

Humanidade, humanos, homem,
Na realidade, insanos que consomem.
Canibais que devoram os próprios semelhantes,
Animais racionais sentem-se tão importantes.
Pelo dinheiro, se matam, se maltratam,
Acabam com a natureza,
Mas que tristeza, ver toda essa pureza, ser assassinada.
Por interesses em riqueza,
O ser humano mostra sua outra face,
Usando o disfarce de raça avançada,
A mãe natureza massacrada,
E a espécie humana ameaçada.
Fazem guerras por pedaços de terra,
Por poder e ganância
Matando mais uma criança, comprovando sua ignorância.
Desde o tempo antigo até o moderno,
Sempre surge um pra se tornar outro império.
Provocam o próprio apocalipse,
Me deixando cada vez mais triste.
E nisso tudo fica a pergunta:
A solução ainda existe?

ISSO NÃO É NORMAL... postado por b.camara no greenpeace.org/brasil

Rios virando asfalto, morro virando moradia, floresta virando pasto. Num ritmo alucinante, esse é o caminho que o Brasil vem seguindo décadas a fio. O equilíbrio se foi. E as mudanças climáticas já batem à porta. Muita gente ainda ignora, mas é fato que alguma coisa está fora da ordem mundial. Enquanto cidades ficam debaixo d’água, os rios secam. Os alimentos são envenenados por toneladas de agrotóxicos e o ar está mais poluído do que nunca.
Para dar uma pequena medida da bagunça, o jornal Estado de S. Paulo criou o site “Isso não é normal”. Pegou uma cidade – São Paulo –, um estado – Santa Catarina – e uma região – Nordeste – para mostrar o que anda de errado por ali. O raio-x paulistano e catarinense já estão no ar, e o nordestino será publicado em agosto.

Inúmeros vídeos, reportagens, entrevistas e mapas interativos trazem informações que estão a olho nu, mas que são constantemente ignoradas. Os habitantes de Sampa, por exemplo, perdem, em média, um ano e meio de vida por causa do ar sujo que respiram. E é o próprio poder público quem dá o pontapé na desordem: a Câmara dos Vereadores, por exemplo, foi construída bem em cima do Rio Bexiga.

Local onde foi registrado o primeiro furacão do Brasil, Santa Catarina também padece com eventos climáticos extremos. Enquanto o mar ensaia seu avanço pelo litoral, no interior, a seca já dá sinais de chegada. O estado é o quinto maior produtor de alimentos do país, mas a própria agricultura já sofre com estiagem, alagamentos e tornados. Como resposta a isso, Santa Catarina, em vez de baixar a cabeça para as leis ambientais, resolveu afrouxá-la ainda mais.

Em tempos de PAC’s, petróleo e desmatamento, as anomalias devem continuar sem hora para acabar. Você já parou para pensar nisso?

quarta-feira, 30 de junho de 2010

ENTREVISTA: Maurício (Mentes Urbanas DCI)

VÁRIAS CONSEQÜÊNCIAS!!!

tecnologia X extermínio núclear

covardia X medo
água X óleo

COPA DO MUNDO por Maurício Moysés (Mentes Urbanas DCI)

Quatro anos a espera do maior espetáculo futebolístico mundial, se não fosse a mídia, que distorce a vivencia nos campos de terra, de rua nas maiores quebradas dos continentes. O sonho de muitos meninos e meninas de brilharem nos tapetes verdes do planeta é mastigado pelo pesadelo de sempre estar em ascensão, no topo das matérias dos programas de TV, jornais, revistas e sites esportivos. Não é querendo cortar o barato do momento, opá! Copa no continente africano, as nações em festa, só que vale mais os investimentos em arenas modernas, estádios luxuosos, do que a criança que chora por falta de alimento. É foda, a criança que assiste a copa hoje jamais saberá que houve miséria naquele continente. E eu quero ver quem ira tirar isso das pequeninas cabecinhas dessa molecada que vive a emoção de gritar gol na copa da África.

FUTEBOL, ALEGRIA E ALIENAÇÃO por Luis Mendes

Futebol - Copa do Mundo

Entendo a paixão dos torcedores. Compreendo essa força viva que impulsiona pessoas. É um triunfo, uma vitória que se torna pessoal pela própria necessidade de ser.

Uma chama sempre a arder

Um golpe de asa

Um fio de paz

Ogivas de Sol

E uma alegria fresca

A soar como água corrente

Sobre chão de pedras...

A alegria é a força que responde a todos os apelos e necessidades humanas. É o coração da vida. A mais livre expressão do que somos de verdade. Aquela gostosa sensação de expansão como o mar a se esparramar sobre todas as coisas. E provocá-la, exaltá-la, é amar da forma mais direta possível. Futebol tem esse poder galvanizador.
Mas continuo a não gostar de futebol. Era o único esporte da prisão. Dia de jogos, a cadeia vinha abaixo. Era preciso lutar contra aquele tipo de alienação. Fazia parte de uma cultura que só servia aos que nos controlavam e mantinham naquela miséria pessoal e cultural. Era um anestésico embriagante: pessoas se esfaqueavam em discussões por causa de futebol.
A despeito das opiniões e leis em contrário, eu sempre tive em mente que alcançaria meus objetivos. A vontade sempre foi imperiosa para mim. E liberdade não era o único de meus ideais. Criar condições de conviver com todos normalmente aqui fora vinha junto. Então, a contracultura era a única alternativa possível. Não gostava e criticava pesadamente novela, futebol, samba, televisão, vadios, “nóias” e conversa fiada em torno de tais assuntos dominantes na prisão.
Preocupava-me em construir um futuro legítimo. Tinha filhos a criar e educar (mesmo preso jamais deixei que lhes faltasse o necessário). Vivi o tempo todo mergulhado em estudos, pesquisas, livros, informações sobre o mundo e absorvendo conhecimentos como uma esponja. Sempre trabalhei na prisão. Trabalho tinha a ver com conquista de espaços e sustento de meu povo. Não sei julgar se errei. Pelo menos não vejo nenhum dos apaixonados pelo futebol que conheci na prisão, no cenário nacional fazendo alguma coisa de real valor. Na maioria foram mortos ainda jovens ou entraram para o caminho das pedras (entrar e sair das prisões até a morte).
Estou com 58 anos. Tudo o que me matei para conhecer e saber sozinho me valeu muito, completamente. Primeiro pela minha libertação. Eu não sairia mais, não fossem os livros. Havia me enterrado vivo com minhas próprias mãos. Depois viabilizou meios de construir uma vida aqui fora, junto a meus filhos e ao que gosto de fazer. Só não me sinto privilegiado porque sei quanto esforço e sacrifício me custou à luta que empreendi. Mas hoje sou capaz de escrever sobre o que me propuser a escrever, e essa é minha paixão maior. E, sigo tentando acrescentar, expandir, ser e fazer feliz.

MEU CORAÇÃO SEM EIRA NEM BEIRA por Akins Kinte

Beirei em minhas vielas Bicando sonhos precisos
Nos campos de varias favelas
A beira de tantos sorrisos
Beirando doces lábios
E as idéias de uns velhos sábios
Tristezas também beirei
A margem de um jogador hábil
Beirando doce ilusão
Num dissabor de companheira
E a beirada do meu coração
Seguiu sem eira nem beira
Beirei doçuras de samba
Versando como beirei
E nas beiras com os bamba
Um bamba me sagrei
Beiro uma cruel dor
Na beirada que chega
Quando uma bala sem amor
E bala tem amor?
Acertou em cheio o dega
E a beira da divineia
Beira que freqüento
Beiro com poucas idéia
Pá num bagunça o coreto
Doce choro que me beirava
Beiras de um coração sem sorte
Beirado coração sonhava
Mesmos beirando a beira da morte
Beiro e berro nos becos de mim
Me perco nas beiras e acho
O Dega nas beiras com tamborim
Chorando e sorriso a cada passo
E nas beiras pisadas
Guarda amarga e doce situação
No jogo da vida a bola é rolada
Na beira do coração.