O cenário político brasileiro sempre foi um grande circo, obtendo como público a população pagante de impostos, que espera uma melhor justificativa de cada candidato para melhor representar-nos impondo as suas propostas. No período colonial conduzido pelos portugueses, os escândalos de corrupção efetuavam verdadeiros atos de “ilusionismo”, hoje no centro das atenções temos os deputados, senadores, governadores, presidente impulsionados sempre pela elite, manipulando os cidadãos a admitirem o espetáculo circense eleitoral em cada roda de boteco ou em um instante de uma novela, aprisionando o povo.
Estourem as pipocas, peguem o amendoim, pois o espetáculo irá começar!
“Pra te falar a verdade, não conheço nada. Mas tando lá vou passar a conhecer”. Declaração de Francisco Everaldo Oliveira Silva, o Tiririca, candidato a deputado federal ao Estado de São Paulo pelo PR. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, publicada em 25/08/2010.
Ironicamente é o que devemos encarar? A legislação brasileira aceita que um candidato a deputado (que nem se quer conhece as suas funções) candidata-se para um cargo que representa o seu estado, devia-se criar uma lei, realizando uma prova de conhecimentos gerais sobre política eleitoral. Assim, aprovando ou não os candidatos. Muitos obtêm o cargo pela fama popular em abuso da palavra, como os também candidatos a deputado, o cantor e apresentador Netinho de Paula, o ex-pugilista Maguila, o ex-jogador de futebol Vampeta, a dançarina de Miami Bass ou Funky Carioca Mulher Pêra (que alega somente saber ler e escrever, não apresentando nenhum histórico político-social).
Mas o show espetacular fica por conta dos que já freqüentaram o poder público, tais como:
O ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Indiciado pelo esquema de pagamento de propina, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, entre outros crimes.
O também ex-governador e atual candidato a deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, que foi condenado a dois anos de prisão por formação de quadrilha. Mas pode recorrer à liberdade.
E Paulo Maluf (esse é piada por si só), acusado de utilizar dinheiro público para bens pessoais e é investigado pela INTERPOL (agência da polícia estadunidense) por crimes financeiros fora do Brasil, é candidato a deputado federal pelo Estado de São Paulo.
Mas a população economicamente ativa (formada por jovens) adquire o seu precioso tempo, repondo as energias para uma nova jornada de trabalho. No entanto o tempo de mobilização social para lutar pelos direitos constitucionais torna-se restrito. A maior incentivadora de dispersão cultural são as grandes agências de “telecomunicalienações”. De prontidão o poder que as imagens da televisão exibem, reflete nas atitudes do cotidiano. No dia 3 de outubro de 2010 uma data marcante e decisiva para o nosso país em seus próximos quatro anos, estrategicamente os meios de comunicações manipulam o povo, favorecendo quem a pague mai$ para esconder o atual momento político. É nesse período que o campeonato brasileiro de futebol torna-se mais empolgante, criam-se novos reality shows e sucessos da moda musical não saem de cabeça e da “boca do povo”.
O importante é captar o maior vínculo de informação gerando assim um conhecimento sobre o que nos cerca. Mesmo que o tempo aparente ser limitado, o maior valor do cidadão está na compreensão de seus atos.
Um comentário:
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