Teste doméstico para detectar HIV
Agência do Medicamento dos Estados Unidos aprova dispositivo
CiênciaHoje 04/07/2012
Teste rápido do HIV
A partir de agora, para já apenas nos Estados Unidos, está
disponível um teste rápido doméstico de detecção do vírus da imunodeficiência
humana (HIV). Este teste, que não necessita de receita médica, foi ontem
aprovado pela Agência do Medicamento dos Estados Unidos (FDA).
“Autorizamos o seu uso doméstico já que, para a própria
pessoa, conhecer o seu estado de saúde é um factor essencial no momento de
prevenir a doença. Saber é o primeiro passo para combater”, esclarece, em
comunicado, Karen Midthun, directora do centro da FDA para a Avaliação e
Investigação Biológica.
O teste, concebido para detectar a presença de anticorpos do
tipo HIV-1 e HIV-2, consiste na recolha de saliva das gengivas superiores e
inferiores. O resultado é obtido em apenas 20 minutos, informa a FDA.
Há dois meses que um comité de especialistas avaliava o seu
uso doméstico, que já se realiza em hospitais ou centros ambulatórios. O teste
está desenhado para permitir que qualquer pessoa o possa fazer em casa. Mas
devem ter-se em conta vários pontos, adverte a agência.
Mesmo que o resultado dê positivo, devem fazer-se análises
adicionais num centro médico. O mesmo se aplica para o caso de dar negativo,
principalmente se a possível exposição ao vírus aconteceu há menos de três
meses.
Os estudos clínicos demonstraram que o teste, chamado
OraQuick, detecta correctamente a presença de infecção em 92 por cento dos
casos. No entanto, é eficaz em mais de 99 por cento dos casos negativos.
A empresa OraSure Technologies, que desenvolveu o
dispositivo, contará com um centro de informação e apoio durante 24 horas por
dia, serviço que oferecerá instruções sobre como utilizar correctamente o
teste.
Nos Estados Unidos estima-se que estejam infectadas com o
vírus 1,2 milhões de pessoas, sendo que 20 por cento não o sabe, segundo os
dados do Centro de Prevenção de Doenças (Center for Disease Control and
Prevention - CDC). Por ano, aparecem 50 mil novos casos e em 2010
faleceram 13 mil pessoas de sida.
O comunicado da FDA não menciona qual será o preço de venda ao
público. No entanto, os profissionais de saúde já o podiam adquirir por 17,50
dólares (aproximadamente 14 euros).
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