Não contente em dominar o mundo dos
números, economistas e banqueiros também se aventuraram pelo mundo das letras,
das siglas, IOF, ISS, CPMF, e ETC, intrometeram-se no alfabeto e encaixaram o
povo em classes, A, B, C, D, E por aí vai…
Ora façam-me um favor,
peguem toda sua etiqueta, toda sua classe, suas calculadoras covardes e sumam
daqui! Já fomos subtraídos demais, divididos demais, vendidos demais, não
queremos ser Classificados. De classes precisam as crianças, que estudam em
escolas de lata, ou que tem aulas em baixo de árvores. Deixem as letras pra
elas, é! Elas é que precisam do abecedário para ler o mundo de outra maneira,
mudar suas vidas, construir um futuro, e não virar número, estatística,
gráfico.
Deixem as letras para
os alunos e professores, para os poetas e compositores, e ao invés de nos
colocar entre vogais e consoantes, se coloquem no lugar de vocês. Não estamos a
venda, já tiramos a venda e fiquem sabendo que tem coisas que dinheiro não pode
comprar, não pode! Nem a prazo, nem à vista, nem com juro, nem sem juro, juro!
Com vocês não quero laços, sou mais nós! Podem ter meu dinheiro mas nunca terão
meu crédito, e por mais que façam estarão sempre em débito. Não acredito na
riqueza guardada nos cofres, acredito na riqueza guardada em cada coração, na
riqueza da vida, que não VISA lucro.
@RENAN_INQUERITO