sexta-feira, 8 de junho de 2012

Percurso e universo de Alice Brill


Filha de um artista plástico morto em um campo de concentração, Alice nasceu em Colônia, em 1920, e migrou para o Brasil em 1934 com sua mãe, para escapar do nazismo. Decidida a abraçar o ofício paterno, já em 1940 passou a frequentar o Grupo Santa Helena, associação informal de pintores que frequentavam ateliês no Edifício da Sé, em São Paulo, conhecido como “Palacete Santa Helena”. Seus mestres foram Paulo Rossi Ozir, Aldo Bonadei, Yolanda Mohaly, Poty e Hansen Bahia, que a influenciam a trabalhar com pintura a óleo.







Em 1946, ganha uma bolsa de estudos e até 1947 faz uma série de cursos na University of New Mexico, em Albuquerque, e na Art Student’s League de Nova York, ambas nos Estados Unidos. Estuda desenho, pintura, escultura, gravura, história da arte, literatura, filosofia e tem seu primeiro contato com a fotografia. Já de volta ao Brasil, começa a trabalhar como fotógrafa da revista Habitat, para a qual realiza reportagens sobre arquitetura e artes plásticas.






Sua longa carreira resultou em mais de cem exposições individuais e coletivas, entre elas a I Bienal de São Paulo, em 1949. Foi fundadora do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), do Clube dos Artistas e Amigos da Arte de São Paulo e da Associação Brasileira de Pesquisadores em Arte. Em 1975 se formou em Filosofia pela PUC-SP e posteriormente fez mestrado e doutorado em Estética na USP. Publicou três livros: Mário Zanini e seu tempo (Ed. Perspectiva, 1984), Da arte e da linguagem (Ed. Perspectiva, 1988) e Flexor (1990), além do capítulo sobre artes plásticas do livro O expressionismo (org. Jacó Guinsburg, Ed. Perspectiva, 2002).









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