Filha de um artista plástico morto em um campo de
concentração, Alice nasceu em Colônia, em 1920, e migrou para o Brasil em 1934
com sua mãe, para escapar do nazismo. Decidida a abraçar o ofício paterno, já
em 1940 passou a frequentar o Grupo Santa Helena, associação informal de
pintores que frequentavam ateliês no Edifício da Sé, em São Paulo, conhecido
como “Palacete Santa Helena”. Seus mestres foram Paulo Rossi Ozir, Aldo
Bonadei, Yolanda Mohaly, Poty e Hansen Bahia, que a influenciam a trabalhar com
pintura a óleo.
Em 1946, ganha uma bolsa de estudos e até 1947 faz uma série
de cursos na University of New Mexico, em Albuquerque, e na Art Student’s
League de Nova York, ambas nos Estados Unidos. Estuda desenho, pintura,
escultura, gravura, história da arte, literatura, filosofia e tem seu primeiro
contato com a fotografia. Já de volta ao Brasil, começa a trabalhar como
fotógrafa da revista Habitat, para a qual realiza reportagens sobre
arquitetura e artes plásticas.
Sua longa carreira resultou em mais de cem exposições
individuais e coletivas, entre elas a I Bienal de São Paulo, em 1949. Foi
fundadora do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), do Clube dos Artistas
e Amigos da Arte de São Paulo e da Associação Brasileira de Pesquisadores em
Arte. Em 1975 se formou em Filosofia pela PUC-SP e posteriormente fez mestrado
e doutorado em Estética na USP. Publicou três livros: Mário Zanini e seu tempo (Ed.
Perspectiva, 1984), Da arte e da linguagem (Ed. Perspectiva, 1988) e Flexor (1990),
além do capítulo sobre artes plásticas do livro O expressionismo (org.
Jacó Guinsburg, Ed. Perspectiva, 2002).
Fonte do texto: IMS (Instituto Moreira Salles)
Imagens: Folha.com - Fotos
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