Antigamente, para que uma determinada nação submetesse outra
à sua vontade, a utilização da força era fator mais do que obrigatório.
Qualquer tipo de demonstração de poder era exercida através da presença de um
intimidador aparato bélico no país a ser subjugado.
As armas usadas nos dias de hoje são outras, o que não
significa que de vez em quando um arsenal altamente destrutivo não seja posto
em ação para dar o exemplo ou dizer quem dita às regras de fato, mas nem sempre
de direito.
Agora, a dominação é realizada através de ideias. Basta
ligar a TV para perceber que muitas vezes isso é feito de forma sutil. Outras
nem tanto.
A supremacia dos Estados Unidos, consolidada com o término
da Guerra Fria
(1945-1989), é praticada segundo esses princípios. Ou seja, uma eficiente
combinação entre poderio militar e propagação de elementos da cultura
estadunidense.
O processo de expansão territorial efetivado pela maior
potência mundial da atualidade teve como base a intervenção militar como
instrumento de domínio. Além de provocar desgaste e nem sempre ser encarada de
forma positiva pela comunidade internacional, a mudança de estratégia, como
aconteceu com a implantação das chamadas Política da
Boa Vizinhança (Good Neighbor Policy) e Doutrina Truman, tinha por
fundamento adotar uma postura de camaradagem com aqueles contemplados pelo
gesto cordial e caridoso do Tio Sam.
Se uma série de acontecimentos históricos de extrema
gravidade afetava grande parte do planeta, por outro lado, os Estados Unidos
souberam tirar proveito desses momentos de crise mundial para impulsionar o seu
crescimento econômico.
Não só mercadorias produzidas nos Estados Unidos se
transformaram em objeto de cobiça. A música, o idioma, a moda, o esporte,
a publicidade, os hábitos e o próprio estilo de vida dos americanos do norte
passaram a ser imitados e considerados como referencial de modernidade.
Não é a toa que o american way of life encontrou no cinema o
seu principal instrumento de divulgação. Seja veiculando costumes,
comportamentos e tendências, não só de merchandising vivem os filmes.
Dificilmente as produções cinematográficas realizadas em Hollywood mostram o
lado podre da sociedade estadunidense.
A intensificação do processo de globalização
e a afirmação do capitalismo como sistema hegemônico são outros fatores que
contribuíram em muito para o fortalecimento do império. E aí entram em cena as
inúmeras empresas
transnacionais oriundas dos Estados Unidos, que, além de fincarem a
bandeira de marcas como Coca-Cola e Mc Donald’s nos mais distantes rincões da
Terra, também desempenharam um importante papel na difusão dos valores americanos.
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