sexta-feira, 4 de novembro de 2011

IRRESPONSÁVEIS!!!


Foto: Moisés Schini/Tribuna de Imprensa

Esse tipo de prática é um crime contra a cultura musical e popular, os (i)responsáveis por essa atitude devem ser punidos, muitos nem sabem o que existe nesses materiais. IMPRUDENTES e IMORAIS!!!

Muito triste...

Discos do Museu da Imagem e Som são jogados no ‘lixão’ 11/04/2011

Os discos de baquelite e vinis deixados no estacionamento da Casa da Cultura de Araraquara entre terça e quarta-feira foram encontrados na tarde de ontem no aterro sanitário da cidade. O material foi descartado pela Casa da Cultura após dedetização do Museu de Imagem e Som (MIS). 

Embora muitos discos estivessem quebrados e outros danificados por cupins, a reportagem da Tribuna constatou que parte do material estava em bom estado e até mesmo intacto. Discos de Carlos Gardel, Doris Day, Francisco Alves, Maria Callas, Elvis Presley e raridades italianas de 1943 foram encontrados no lixo. 

Trabalhadores do aterro disseram que o material foi recolhido na Casa da Cultura. A secretária de Cultura, Euzânia Andrade, não soube dizer como o material em bom estado foi levado da Casa da Cultura para o lixão. "O que foi descartado estava comprometido, mas vamos averiguar o fato", garantiu. 

A seleção dos discos prejudicados foi feita no feriado de Finados. As obras ficaram em uma área externa da Casa da Cultura para não atrapalhar a limpeza do MIS. "Deixamos os discos cobertos no estacionamento para avaliarmos o estado de conservação deles", afirma a gerente pedagógico-cultural dos museus, Virgínia Fratucci. 

Ela garante que a Casa da Cultura tem autonomia para descartar o que está prejudicado. "Foi uma pré-decisão feita com muito discernimento." E reforça que o material danificado foi doado desta maneira e não chegou a este estado por má conservação. Detalhe: alguns álbuns têm o selo da Biblioteca Mário de Andrade.
‘Patrimônio histórico não tem volta’
Para a ex-coordenadora do Museu de Imagem e Som (MIS), Tereza Tellarolli, a cada descarte de acervo uma comissão com três pessoas deve ser montada para avaliar o material. ‘Patrimônio histórico não tem volta, por isso é preciso cuidado na hora de descartar qualquer coisa’, afirma. Segundo ela, a decisão, para ser pertinente, deve passar por uma equipe técnica com conhecimento do que está sendo analisado. ‘É normal na esfera pública haver condições menores que as ideais para a Cultura — isso é um fenômeno geral em qualquer lugar —, mas é preciso ter preparo para saber o que está sendo decidido’, reforça.

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