Já faz um tempo que estou acompanhando a arte construída nas periferias do Brasil, e a literatura não está de fora dessa forma de expressar os sentimentos. Há tempos através da extinta revista Rap Brasil já era possível encontrarmos as publicações dos autores periféricos, trazendo a identidade que tanto buscamos, desde quando fomos arrancados dos braços da nossa mãe África. Sérgio Vaz, Buzo, Ferréz, Luiz Mendes, Sacolinha, Preto Ghóez já nós faziam encontrar os caminhos para realmente sabermos quem somos, através de seus versos, contos e crônicas...
Sem dúvida hoje a periferia fala, canta, grita e escreve se espalhando pelos Saraus que movimentam todas as gerações marginalizadas, que a cada mês são lançados livros e livros, com a nossa cara, muito longe dos padrões acadêmicos (os quais disputam prêmios de status na mídia), pois a produção literária nas periferias brasileiras tem o seu prêmio maior, fazer com que todos são livres pra se expressar e buscar a sua identidade.
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