quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Poesia Existencial - POEMETOS por Luis Mendes

“A morte não iguala ninguém, há caveiras que têm todos os dentes.”

Mario Quintana

I
As palavras ferem levemente
Muito de leve
Em horas distraídas de vida
Em que a alma atônita
Vaga perdida.

II

Tua ausência esta no ar
No abrir de portas e janelas
No que tenho de fechar os olhos
Para te ver.

III

A prisão é um mundo estilhaçado
De homens quebrados
Corações abandonados
Que se inscreveram em pedra
Como túmulos.

IV

Matei meu olhar
Para não mais ver
O que não possa amar.

V

A dor, inteira como pedra
Ao tempo que sólida
Como uma mão fechada.

VI

Meus naufrágios trazem à tona
Mares montantes onde tentei equilibrar
Mesmo que amarrado a mastros e gáveas
Para tomar todo céu que me faltava
E continuar minha rude existência

VII
Nunca houve bons tempos
Todos os tempos são únicos e iguais
Ao mesmo tempo.

VIII

De repente tudo era cenário
E não se via mais nada
Nem palco, nem salão, nem escuridão
Tudo era representação.

IX

No fluxo de sua vida desordenada
Caótica, subversiva por vezes
O homem é o instante
Onde a vida, em vão
Se ilumina.

X

Futuros são curtos
Desaparecem
Deixam apenas o interminável presente
Sem surpresas, numa sucessão de dias
Que se emendam.

15/12/2009.

2 comentários:

Marcelo Amorim disse...

Vim ver, vi e curti essa parada aqui. Que tudo dê certo pra vocês!

Estilo liberdade disse...

AMO poesias.
hehe,
gostei do post.
entre nu meu blog e comente, mande opinioes para nos que estaremos postando sobre o que quizer.